Encontramos na
Constituição Lumen Gentium a definição das vocações Cristãs: a Sacerdotal (Sagrada Ordem), o Religioso e os
Leigos. As três possuem o mesmo valor de dignidade e importância, pois o
chamado vem do próprio Deus, e para a realização e cumprimento deste chamado,
cada uma com sua importância, missão e especificidade, contribuindo uma com a
outra.
As vocações Sacerdotal
e Religiosa tem clara sua formação, missão e atividade na Igreja e no mundo, já
a dos leigos e leigas por ser um campo vasto e a definição de atuação dentro e
fora da igreja, por vezes atrapalha a consciência da missão e da importância
para a construção do Reino de Deus.
O Concilio Vaticano II
afirma a plena pertença dos fieis leigos à Igreja e ao seu ministério e a
índole peculiar da sua vocação, a que tem como especifico “procurar o Reino de
Deus tratando das coisas temporais e ordenando-as segundo Deus”, o Papa Pio XII
dizia: Os fieis, e mais propriamente os leigos, encontram-se na linha mais avançada
da vida da Igreja, para eles, a Igreja é o princípio vital da sociedade humana.
Por isso, eles, e sobretudo eles, devem ter uma consciência cada vez mais
clara, não só de pertencerem à Igreja, mas de ser a Igreja, isto é, a
comunidade dos fieis sobre a terra sob a guia do chefe comum, o Papa, e dos
bispos em comunhão com ele. Eles são a Igreja ... (Chistifideles Laici, n. 9).
Como todo Chamado é
preciso dar uma resposta a Deus, é fundamental o encontro com o Cristo, Seu
seguimento e o conhecimento dos documentos e magistério da Igreja.
No documento 105 há uma parte muito bonita chamada o “Rosto do
Laicato” (Doc 105, 55-62). Nela, os bispos afirmam que todos os batizados que
escolheram Jesus como seu Senhor, sem distinção, são leigos e leigas que
participam do sacerdócio de Cristo na Igreja e no mundo, de diferentes modos,
como um direito e como uma consequência natural dos sacramentos da iniciação
cristã (batismo, eucaristia e crisma).
Assim, as crianças, os jovens, os casais
que escolhem a vida matrimonial, as mulheres, os homens, os idosos, os viuvos e
viuvas, todos são leigos e leigas. Todas as pessoas que, se foram batizadas e
buscam fazer o bem por causa de Jesus, são testemunhas do seu Reino. O
Evangelho diz que todo aquele que der um copo de água por causa do nome de
Jesus a alguém necessitado, será lembrado por Ele (Mt 10,42).
Vemos, então, que ser cristão, discípulo/discípula ou leigo e
leiga, implica em uma atitude de quem segue e anuncia a Cristo por meio de
ações e palavras, dando testemunho de Jesus, estejam onde estiverem, tendo a
consciência de que tudo o que fazem por causa de sua fé em Cristo, é obra
evangelizadora. Da mesma forma, são leigos e leigas, aqueles que se sentem
chamados a viver a sua vocação como agentes de pastoral, assumindo algum
serviço ou ministério na Igreja! Portanto, para agir, o leigo e a leiga não
precisam de mandato de ninguém, pois Jesus já deu a ordem: Ide pelo mundo e
pregai o Evangelho! (Mc 16, 15).
A missão primeira dos leigos e leigas que aceitaram este chamado de Deus e, alimentados pelo próprio Cristo, ser a Igreja na sociedade, na família, no trabalho, praticando a justiça, promovendo a paz, mostrar o rosto amoroso de Deus, amar o irmão. Na Palavra de Deus encontramos, na 1ª carta de São João este caminho para seguirmos, Deus é a Luz, Jesus Cristo o caminho, a justiça e o amor ao próximo, Deus é amor. É esta a missão do leigo na sociedade, não é fácil praticar esta missão em uma sociedade complexa e individualista, portanto o leigo deve alimentar-se constantemente na Palavra de Deus e no Pão, na instrução da Igreja e no apoio e acompanhamento dos sacerdotes e religiosos.
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