Muitas vezes ouvimos a Palavra de Deus, nos identificamos com ela, mas não vemos onde e como aplicá-la. E é difícil entender como a Igreja e a Política podem dialogar. Podemos pensar até mesmo como podemos participar de política sendo ela tão suja? Como interferir e aplicar o Evangelho em uma sociedade onde o dinheiro fala mais forte, a corrupção e o mal estão por toda parte? É o que normalmente pensamos e caímos na tentação de ficar só rezando, sem comprometimento e esperar que Deus resolva e acolha os que necessitam.
A Palavra de Deus nos coloca: “Irmãos, não fiques devendo nada a ninguém, a não ser o amor mútuo, pois quem ama o próximo está cumprindo a lei.” (Rm 13, 8).
Vejamos: Estou devendo alguma coisa a alguém? Se atentarmos a musica que cantamos em nossas celebrações temos: “Hoje se a vida é tão ferida deve-se a culpa e a indiferença dos cristãos...” . Sim, a culpa por esta sociedade estar assim em parte é culpa nossa de não apresentar opções novas e fazer uma sociedade mais justa e mais fraterna.
“De novo, eu vos digo: se dois de vós estiverem de acordo na terra sobre qualquer coisa que quiserem pedir, isso lhes será concedido por meu Pai que está no céu. (Mt. 18, 19), é o ensinamento do Evangelho. Um exemplo concreto que com nossa participação e ação podemos mudar e contribuir com a sociedade foi o Orçamento Participativo de nossa região (promovido pela Prefeitura), quando pessoas se reúnem para promover algo, produz frutos. Os grupos mais organizados conseguiram colocar seus projetos nos orçamento da cidade, inclusive o projeto defendido por nossa Paróquia. É assim que fazemos acontecer a historia, quando nos sentimos parte do bairro e da cidade e levamos propostas que tragam benefícios para todos.
“Irmãos, não fiques devendo nada a ninguém, a não ser o amor mútuo, pois quem ama o próximo está cumprindo a lei.” (Rm 13, 8).
Avante todos, cumprindo pois a lei: amando, participando na organização popular, buscando meios de lutar por aqueles que mais necessitam, isto podemos fazer também nos Fóruns populares, na Câmara Municipal e nos diversos Conselhos municipais.
Os grupos representados no Orçamento participativo foram lembrados pelo Prefeito e pelo Secretario da Saúde pois estavam nos diversos encontros cobrando, apresentando sua proposta, fazendo história, fazendo Política. Este fato me lembrou a parábola da Viúva e do Juiz: “E por algum tempo não quis atendê-la; mas depois disse consigo: Ainda que não temo a Deus, nem respeito os homens. Todavia, como esta viúva me molesta, hei de fazer-lhe justiça, para que enfim não volte, e me importune muito.(Lc. 18,1).
Parabéns a todos os paroquianos que participaram do Orçamento Participativo e ajudaram a definir as prioridades para nossa região, que aprendamos com o Evangelho e com os exemplos de organização e ação participando cada vez mais dos fóruns e dos conselhos. Sejamos Cristãos que ao ouvir a Palavra de Deus a coloca em pratica e que sejamos profetas, denunciando o mal e anunciando a esperança e uma vida nova.
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